DO MEU CADERNINHO
E lá estava eu. Precisava atravessar a ponte. Várias pessoas sobre ela, em cima de carros e carroças, carregadas de coisas, uma caravana em fuga. Desisto da travessia e dou meia volta. Caio num atoleiro. A lama quase me engole e sobe até meu peito. Tento me livrar, me debato. Vejo minha amiga e grito o nome: x, me ajuda. Ela ri e diz "te vira, não posso me sujar"... "Orra - eu grito - deixa de sacanagem, ajuda aqui!" e estendo meu braço. Ela só olha e volta a conversar com outras. Acordo com os dentes trincados. E com a certeza de q tem uns q a gente nunca vai poder contar, por mais amigas q pareçam. Os sonhos são clarividentes, queira ou não, a Pasternak.
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