março 23, 2023

BARTOLOMEU CAMPOS DE QUEIRÓS


A revista Rascunho entrevistou o mineiro, Bartolomeu Campos de Queiroz, de quem nunca ouvi falar...

Nos seus mais de 40 livros, vários traduzidos no exterior, o escritor se vale de “uma linguagem que consegue ser, ao mesmo tempo, simples e densa”.

É autor do Manifesto por um Brasil Literário. Venceu diversos prêmios literários como o Prêmio Cidade de Belo Horizonte; o Prêmio Jabuti, recebeu o Selo de Ouro, da Fundação Nacional do Livro Infanto-Juvenil; 9ª Bienal de São Paulo; 1ª Bienal do Livro de Belo Horizonte; Diploma de Honra da IBBY, de Londres. Com o livro Index, foi o vencedor do Concurso Internacional de Literatura Infanto-Juvenil.

 


 Trechos na Rascunho:

PREOCUPAÇÃO COM O PÚBLICO

Não tenho preocupação com o público.Vocês já assistiram ao filme "A festa de Babete"?  É isso, ela foi para a cozinha e fez o melhor que ela podia. Só isso. Vou para o escritório e faço o melhor que posso. Àquela hora não tem destinatário. Se tiver destinatário, não é mais literário.

 

DICA

Quando escrevo, preciso ler o texto em voz alta para saber se ele cabe na minha respiração. Às vezes, ao ler o texto em voz alta, percebo que é preciso transformar uma frase em duas, colocar um ponto final, dar um jeito porque está muito longa.



VERDADE MAIS PROFUNDA

A memória é o nosso grande lugar.

Na memória tem tanto o que vivi quanto o que sonhei ter vivido.

Não acredito em memória pura. Toda memória é ficcional.

É um pedaço da memória com mais um pedaço da fantasia. A fantasia é o que temos de mais real dentro de nós. A fantasia é a minha verdade mais profunda. A fantasia é aquilo que não conto para ninguém, só para as pessoas que amo muito. Ela é tão verdadeira que quando vou contar essa fantasia, faço uma metáfora para protegê-la. Pois a fantasia é o que tenho de mais profundo dentro de mim. É o meu real mais absoluto. 

 

 

 

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