fevereiro 19, 2020

AH, O CINEMA...

Bong Joon Ho dirigindo a cena.

Entre o Parasita coreano e o Cafarnaum libanês, prefiro o último - questão de empatia mesmo.

Não tem comparação possível entre a brutalidade dos dramas. Só que Parasita tem um surrealismo que me incomoda. Cafarnaum agride tamanha crueza. É o cinema-verdade.

Na tela do cinema, a miséria humana – em todos os sentidos, se posso escrever assim – rompe minha bolha confortável e cínica.

Cafarnaum tem um final libertador. 
Parasita, não.

Parasita tem um diretor: Bong Joon Ho.



Nadine dirigindo Zain Al Rafeea



Cafarnaum, uma diretora: Nadine Labaki.

Parasita, todo mundo sabe o que é.
Capharnaum significa bagunça.

Em 2019, Capharnaum também concorreu ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.  Perdeu para Roma, direção mexicana.

Também dessa vez, preferi Capharnaum.

Se puder, assista. Sai também da tua bolha.

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