março 25, 2014

UM... DOIS...

1 - Agnélio trabalhava no sobrado do senhor Hockmüller, no bairro Praia.
Vivia uma paranoia orgânica. Uma asfixia. Uma velha mania de perseguição sempre que ouvia o badalar da sineta convocando os serviçais.
Uma noite, a cozinheira Cilinha encontrou Agnélio de bruços sobre a mesa da cozinha. Agnélio havia rasgado o próprio peito com um facão roubado da sua despensa de aves. No chão um bilhete eu te amo, senhora Hockmüller.

2 - O dia seguinte... Nunca saberemos.

E alguns, simplesmente, não terão o dia seguinte.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial