março 07, 2014

MORRE LEOPOLDO MARÍA PANERO



“Morreu o nosso Peter Pan, o nosso Artaud, o nosso louco, o nosso intocável, o nosso monstro”, escreve Luis Alemany no jornal El Mundo.

Leitor compulsivo
Poliglota
Alcoólico
Heroinómano
Bissexual assumido
Esquizofrénico
Poeta transgressor
Autor de cabeceira era Fernando Pessoa

* Não é tudo o que precisamos nesses dias consumidos pela ganância e podridão humana?

Obras:
Poesía Completa: 2000-2010 (2013).
Last River Together
Poesia Espanhola de Agora 
Poemas do Manicómio de Mondragón.



Branca de Neve se despede dos sete anões 
Leopoldo María Panero

"Prometo escrever, lenços que se perdem no horizonte, risos que empalidecem, rostos que tombam sem peso sobre a relva úmida, onde as aranhas tecem agora as suas teias azuis.
Na casa do bosque range, de noite, o madeirame antigo, o vento agita cortinas puídas, só a lua penetra pelas gretas.
Os espelhos silenciosos, agora, que grotescos!, pentes envenenados, maçãs, malefícios, que cheiro de lugar fechado!, agora, que grotescos!.
Vou morrer de saudades, nunca os esquecerei. Lenços que se perdem no horizonte.
Ao longe ouvem-se pancadas secas, uma após outra as árvores sucumbem.

Está à venda o jardim das cerejeiras.”

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