agosto 22, 2013

MARCIA TIBURI

 
“Se o intelectual é melhor ou pior do que o jeca não é a nossa questão. 
Questão é desvendar o seguinte:
num quadro em que professores recebem um torturante salário de fome,
em que intelectuais sérios precisam pedir desculpas por existir,
em que escritores permanecem perplexos sem saber se sobreviverão em um país de analfabetos, 
em que artistas-não-jecas recebem pareceres humilhantes de agências e ministérios, 
enquanto todos estes são questionados quanto a seu papel social e sua contribuição para a sociedade como se fossem um estorvo, ninguém pergunta sobre o papel cultural da elite caipira: 

Xuxas e Sangalos, Claudias Leittes e Luans Santanas, Micheis Telós – para citar exemplos – são livres para exercitar um autoritarismo sutil, covarde e sedutor na condução das massas à imbecilização planetária.


Politicamente correto é elogiar a imbecilização como se ela não estivesse em cena impedindo a reflexão.


O autor da crítica à nova elite sempre pode ser xingado de “elitista”, afinal, a elite jeca não tem outro argumento senão o disfarce."

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