A DAMA DA VIOLA
Helena Meirelles
nasceu no dia 13 de agosto de 1924 em Bataguassu, Mato Grosso do Sul.
Quase uma ilustre desconhecida, se não fosse, um dia, reconhecida por estrangeiros como uma das mais
talentosas compositoras e violeiras do Brasil.
A revista estadunidense Guitar Player - com voto
de Eric Clapton – a elegeu como uma das cem melhores instrumentistas do
mundo por sua atuação nas violas de seis, oito, dez e doze cordas, em 1993.
Em 2012, foi incluída na lista dos 30 maiores ícones
brasileiros da guitarra e do violão - Categoria: Raízes Brasileiras - da
revista Rolling Stone Brasil.
Sua música é reconhecida como expressão das raízes e da
cultura da região. Sua primeira apresentação profissional em um teatro foi aos
67 anos. Em seguida gravou dois discos: Helena Meirelles e Flor de Guavira.
Helena nasceu em uma fazenda no pantanal vivendo entre peões,
violeiros e índios caiapós. Mesmo fascinada pelo som das violas caipiras, a
família não permitiu que a menina aprendesse a tocar. Azar: o aprendizado se deu por conta própria quando vivia na Fazenda Jararaca. Aos nove anos já
deslumbrava o povo daquela região.
Aos 17 anos, pressionada, a violeira se casou. Não demorou
muito fugiu com um paraguaio que também tocava violão e violino. Deixou para
trás onze filhos e acabou violeira em inúmeros bordeis e nos bares de beira de
estrada, como se vê no filme de Francisco de Paula, A Dama da Viola, que traz depoimentos de amigos, filho e do seu
terceiro marido, Constantino, com quem ficou junto por mais de 35 anos até o dia em que Helena
desapareceu novamente.
Trinta anos depois, doente, foi encontrada por uma irmã que
a leva para São Paulo, onde é descoberta como artista e ganha reportagem cheia
de elogios na revista Guitar Player.
Helena Meirelles morreu em 2005, em Presidente Epitácio, São
Paulo.
Nessa vida vivida foi também parteira, lavadeira e
benzedeira.
E se viva fosse, completaria na próxima terça-feira, 89
anos.
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