agosto 31, 2009

Resista, não respire...

Depois de tanta arte no Margs, de examinar cada Chagall, cada Miró, Guignard, Renoir, Portinari, Iberê... Depois de ver tanta gente “entendida” na frente de cada quadro importante, onde está a mulher pelada de Eugene Leroy? - quer saber uma menininha; também uma professora de algum liceu de artes provoca seus alunos - o que vocês acham que significa essa sombra?; depois de tanto os seguranças avisarem que nem o dedão do pé pode encostar na faixa de segurança amarela, enfim, volto para a rua e deparo com os camelôs na praça vivendo da arte da sobrevivência, no dilema do próximo minuto.

Fora do museu, a luz real, as árvores "de carne e osso", os sons e cheiros que fecundam a realidade e lá me vou aliviada e desimportante junto ao povo, que sou. E bem que Damien Cadio definiu num cantinho do quadro de Julien Beyneton, aquele contemporâneo que traz a figura de um grafiteiro francês: “on résiste, ne respire plus.” Sim, sim, sim. É o que tenho feito.

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