Bertolucci, Brando & Schneider
Revi o sombrio último tango de Bertolucci e com tristeza vejo o quanto nossos olhos também envelheceram. Perdi a fissura pelas cenas de sexo de quando assisti pela primeira vez, comovida, os diálogos desesperados de Brando.
Num filme que explora o vazio, cheio de críticas ao sistema burguês de controlar o mundo, Maria Schneider serve de escada para Marlon Brando. Ele, surpreendentemente vivo.
"Vou falar-lhe de segredos de família, essa sagrada instituição que pretende incutir virtude em selvagens. Repita o que vou dizer: sagrada família, teto de bons cidadãos. Diga! As crianças são torturadas até mentirem. A vontade é esmagada pela repressão. A liberdade é assassinada pelo egoísmo. Família, porra de família!"
Choro. Também quero encontrar um apartamento vazio, entrar e deixar acontecer.
Caralho, mas quem não quer encontrar um Brando nessa vidinha de tanque e cozinha?
Paris é que não faltou...
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