julho 25, 2009

Dia de Escrevinhar

Dia do Escritor, quanta bobagem se disse...
Tem gente que nunca publicou nada e tem gente “que só publicou um livro na vida e ainda por cima infantil”... Com a diferença de que uns se acham escritor, outros não.
Falam tanto em escritor, mas esquecem de mencionar os seus méritos suados: a persistência, disciplina, criatividade e a imaginação.
Ou como escreveu Vargas Llosa:

“...o ponto de partida da vocação de escritor? Creio que a resposta é: rebeldia.”

Ou seja, por que perder tempo escrevendo se você está satisfeito com a vida ao redor? Com 'borboletas coloridas e flores que desabrocham a cada primavera', como tenho lido por aí?

Escrever é próprio das almas intranquilas. Talvez seja por isso que literatura não combina com censura, muito menos, auto-censura.


Dia do Escritor ... Lembro Augusto dos Anjos escritor de um livro só: Eu. E tem aquele que escreveu vários, mas os leitores só reconhecem um: A escrava Isaura de Bernardo Guimarães. Tem literatura tão famosa que seu criador antepõe –se a criatura como Ulisses de James Joyce, assim tão falada, elogiada e de tão poucos leitores. E tem a subliteratura de Paulo Coelho, tão criticada mas lida em mais de 60 idiomas... Quem não quer uma conta gorda no banco e salamaleques e tapete vermelho nos aeroportos?

E ainda tem aqueles que posam de escritor sem nenhum rubor nas faces na ânsia do sucesso entre seus pares.
Sei apenas de mim. Uma viciada na escrevinhação.

Ah, sim. Dia do Colono é mais justo e digno.

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