junho 01, 2009

DE COMO ME TORNEI PAPARAZZI...

...ou melhor: mamarazzi no vôo 1892.

Tão alheio ao meu olhar voyeaur, quando trocou de lugar para a 23F.
Seria inocente também?
Na careca, tufos de hieróglifos em relevo o denunciaram.
As unhas esmaltadas em sangue brown, confirmaram.


Bebeu de uma pepsi porque não era um momento coca
e engoliu uma pedra de gelo sem se engasgar.
Carícias leves na mulher sonolenta ao seu lado.
Aceitou as Sete Belo, de maçã verde, e não regurgitou,

apenas o encéfalo esquerdo pulsou compassado no trincar da bala.


Leu o jornal e quando a aeromoça teuto passou quis algo,
mas ela nem mesmo voltou
ignorando seu potencial metafórico.
Cochilou lendo o jornal e não percebeu

a poesia traiçoeira das nuvens lá fora.


No pouso de um vento minuano, o passageiro dos versos se foi
exibindo uma antiga camiseta colorada,
ignorando a indiscrição de seus velhos leitores...




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