abril 22, 2009

Envergonhada de só apontar o dedo, chutar pedra e espernear no “blógui oficial”, saí de casa cedinho hoje para participar da reunião do Chega de Violência.

Emblemático: na sala de reunião da Acil, mais de cinquenta portraits dos presidentes observam as preocupações do grupo. Homens que, muitos nem tão honrados assim - lembro que a cidade não é tão metrópole e tudo vaza por entre as lages - ajudaram a fazer de Lajeado a capital progressista do Vale. Têm os seus méritos esses senhores. E ninguém os tira.

Criaram empregos atraindo milhares de pessoas, que por sua vez incharam a cidade, extrapolaram os bairros, exigindo mais loteamentos, mais escolas, criando suas próprias empresas e fazendo a roda do consumo girar. Só que com esse pacote, a degradação do meio-ambiente, o aumento da criminalidade e outros oblíquos périplos...

Com isso as lideranças da Acil não contavam? Amarrados as tretas da Prefeitura não têm força para exigir e cobrar? Ou não querem esperando outros retornos particulares?

Hoje abro o jornal e leio sobre uma orquestra de música clássica criada numa favela do Rio. Outro dia leio sobre um projeto esportivo em uma favela paulista.


Quais seriam os projetos sociais que a prefeitura dessa cidade apóia e incentiva?
Quais os projetos sociais que as empresas apóiam nos bairros carentes?
Quanto muito patrocinam um terno de camiseta para o time de futebol do bairro.

Ah, sete câmara de vigilância e mais radares móvel na cidade... Vamos vigiar, vamos fiscalizar, mas não vamos subir o morro e se envolver. Crédo, isso não.

É imediato outra associação: clubes de serviço que se vangloriam de apoiar essa e aquela entidade carente com cestas básicas e, por outro lado, inventam festas infantis nos clubes incentivando as crianças desde pequenas a se divertir, comer e beber. Efeito imediato para daqui a cinco anos ou menos curtirem as baladas a base de álcool e “bala”. E os pais levam os filhos e tudo é bonito.

“Nenhuma vitória é uma construção solitária, ela dependem da força de vontade, persistência e sobretudo de uma rede de relacionamentos solidários aos nossos ideais” – leio no painel da Expovale, pendurado na parede daquela sala.

Fiquei imaginando que, se funcionou para a Expovale, como não serviria para propósitos mais nobres como educação ambiental e social?



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