maio 23, 2017

A VIDA É UMA RODA GIGANTE

 “O passado é como o cemitério. 
As pessoas o frequentam pouco.”
- diz a personagem arquivista em algum filme que assisti no Netflix.

Revisitei o meu, em Cruz Alta, terra do senador Pinheiro Machado, do jornalista Julio de Castilhos, do escritor Érico Veríssimo, do escultor Saint Clair Cemin... Com tanta gente ilustre, Cruz Alta derruba seus casarões antigos para dar lugar a prédios feios. A cidade despreza seu patrimônio cultural, perde seus mistérios e perde a chance do turismo histórico.
Salvador de Oliveira Preto casou com Maria Luciana de Jesus, minha  hexavó: uma filha, Clara Maria de Oliveira.

Clara casou com João Crisóstomo de Morais, meus pentavós: 3 filhos, Ciríaco, Maria Luciana e Senhorinha.

Minha tetravó Senhorinha Leite de Moraes casou com João David Ramos: 1 filha, Laura, minha bisavó.

Por outro lado...

João Antonio de Oliveira era fazendeiro. Casou com Edwiges Antonia de Conceição, meus pentavós.  

Nasceu  João Antonio de Oliveira Filho que casou com Leonor de Oliveira meus tetravós. 

O casal adotou Sebastião de Oliveira, de cor bronzeada e cabelo afro, sempre bem lambido por gumex.  Na minha imaginação, Sebastião seria um filho de João Antonio de Oliveira Filho com alguma descendente de escrava, justificando os cachinhos  afro da família.

Meu bisavô Sebastião casa com Laura Ramos, de quem herdei o nome: 3 filhas  Normélia, Senhorinha, Leonor - e um filho, temporão, Democratino.

# Normélia casou com João Tatsch Peixoto, meus avós. Tiveram três filhos: Marion, Yvon e Marília.
Vila Marília

Yvon Oliveira Peixoto casa com Ada Moraes Merten, meus pais: 4 filhos.

Por outro lado...

Wilhem Henrich Pittan casa com Catharina Lahn, meus pentavós  e pais de Christian Adolph Pithan.

Christian casa com Johanna Catharina Margaretha Hockmüller, meus tetravós e pais de Otília Emilia Pithan.

Otília casa com João Carlos Tatsch, meus trisavós, pais de Pacífica.

Pacífica casa com Luis Felipe Peixoto, meus bisavós paternos. Tem um filho, João Tatsch Peixoto que casa com  # Normélia Ramos de Oliveira.

Adoro isso...  Furungar no passado e descobrir suas traições, suas sovinices, as neuroses e os preconceitos, seus maus-tratos, os abortos, os saraus e os piqueniques, as frustrações de ser bailarina, de ser pianista, de ser juiz. Às vezes, por cima, às vezes, por baixo... Descobrir as guerras e os idílicos momentos de paz que viveram. É a nossa micro-história com todos os seus fantasmas a nos assombrar dos confins desse cemitério cibernético, onde descobri tudo isso.


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