ALCIONE MALHEIROS DOS SANTOS
O CREPÚSCULO DE UM HOMEM PEQUENO
Bolsonaro sai do governo do tamanho que entrou: minúsculo.
Um pigmeu moral e intelectual, que foi alçado ao cargo mais
importante do país, se esgueirando pelas ruinas promovidas por outro indigente
moral, que ocupava um cargo de juiz. Foi esta ópera farsesca que tocou nestes
últimos anos que está chegando ao fim.
Em um pronunciamento pelas redes sociais, seu último como
“presidente interino”, lamentou, chorou, mentiu e se desculpou por não ter
conseguido dar o golpe de estado que grupelhos acampados em frente aos quarteis
pediam.
Nestes quatro anos mentiu, conspirou e arrastou para seu
mundo paralelo uma parte dos militares. Inebriados pelo canto da sereia, esses
militares se deixaram seduzir e a flertar com debacle democrático. O
comportamento destes militares mostrou que a atração pelo poder não havia
desaparecido com a redemocratização. Estava hibernando, aguardando um “messias”
que viesse lhe despertar. E despertou. Cabe ao governo que entra recolocar as
coisas no lugar.
A saída pela porta dos fundos é uma síntese do que foi o governo Bolsonaro.
E seu governo foi a síntese do que foi sua vida: um militar
medíocre, um vereador inexpressivo, um deputado medíocre e inexpressivo, um
presidente que enxovalhou o cargo da presidência.
Talvez a estas horas já esteja viajando para seu exilio
dourado e voluntário nos Estados Unidos. E esta viagem simboliza o crepúsculo
de um homem menor. O Brasil vai ficar muito melhor sem ele.
A esperança renasceu e no dia primeiro de janeiro um novo
governo assume.
Que venha um novo tempo!
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