setembro 22, 2021

DIA DE AUDIO CRÔNICA


 

A louca sou eu?

Alô Cape Cod, Lisboa, Porto Alegre, Floripa, Fortaleza, Brasília...  

Até onde chegam essas crônicas online... Que coisa mais louca, isso!

Continuo aqui nessa cidade pequena, com encontros nas esquinas, nos mercados, no clube, nas praças, onde quem fala o que pensa é taxada de louca para ter a sua voz desacreditada.

 Como canta o MC Robs:

 “Deus vê o meu esforço  

Me dá proteção num mundão de maldade 

Mais um sonhador nessa grande cidade  

Fé no pobre louco”


Cidade pequena é assim: falam da gente pelas costas como se não fosse chegar até os nossos ouvidos...

Sabe, volta e meia a literatura e o cinema  apresentam o louco da aldeia.

Vocês já assistiram  “As Confissões de Henry Fool”?  – um filme associado ao conceito de estrangeiro e diversidade, abordados por Foucault e Deleuze? 

Escrevi um artigo sobre esse filme no pós em Filosofia. 

Sobre a necessidade de quadradizar a mente porque o personagem principal do filme é um deslocado - filtra o mundo de forma diferente na sociedade hipócrita em que vive.

Henry Fool - como Schlomo, no Trem da Vida - são os diferentes, os loucos...  Capazes de perceber as discriminações e ameaças ao redor da existência  petrificada e mascarada da sociedade.

Ser apontada de louca por conta do que ando falando nessa cidade burra e fútil onde vivemos... É  um elogio. Juro!

Mudando de assunto: um convite literário aos amigxs:

Amanhã, as 20h30, nossa live no canal Cuca Interior, lá no Youtube.

Com Alvaro Santi, Augusto Darde, Jan Koch, Meire Brod e Telma Scherer – porque o livro,  As Avessas,  dessa guria de Lajeado, tá bombando!

Para encerrar:  louco é quem me diz...  E não é feliz...   

(Eu sou ... Com toda essa merda bolsonarista do Vale do Taquari, eu sou! Um tantinho, claro!)


Trilha sonora: Balada do Louco, dos Mutantes, com Leandro Brighi Sanches.

https://www.youtube.com/watch?v=nc1Ro4zH8x8


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