DIA DE AUDIO CRÔNICA
A louca sou eu?
Alô Cape Cod, Lisboa, Porto Alegre, Floripa, Fortaleza, Brasília...
Até onde chegam essas
crônicas online... Que coisa mais louca, isso!
Continuo aqui nessa cidade pequena, com encontros nas esquinas, nos mercados, no clube, nas praças, onde quem fala o que pensa é taxada de louca para ter a sua voz desacreditada.
Como canta o MC Robs:
“Deus vê o meu esforço
Me dá proteção num mundão de maldade
Mais um sonhador nessa grande cidade
Fé no pobre
louco”
Cidade pequena é assim: falam da gente pelas costas como se
não fosse chegar até os nossos ouvidos...
Sabe, volta e meia a literatura e o cinema apresentam o louco da aldeia.
Vocês já assistiram “As Confissões de Henry Fool”? – um filme associado ao conceito de estrangeiro e diversidade, abordados por Foucault e Deleuze?
Escrevi um artigo sobre esse filme no pós em Filosofia.
Sobre a necessidade
de quadradizar a mente porque o personagem principal do filme é um deslocado - filtra o
mundo de forma diferente na sociedade hipócrita em que vive.
Henry Fool - como Schlomo, no Trem da Vida - são os diferentes, os loucos... Capazes de perceber as discriminações e
ameaças ao redor da existência
petrificada e mascarada da sociedade.
Ser apontada de louca por conta do que ando falando nessa
cidade burra e fútil onde vivemos... É um elogio. Juro!
Mudando de assunto: um convite literário aos amigxs:
Amanhã, as 20h30, nossa live no canal Cuca Interior, lá no Youtube.
Com Alvaro Santi, Augusto Darde, Jan Koch, Meire Brod e Telma Scherer
– porque o livro, As Avessas, dessa guria de Lajeado, tá bombando!
Para encerrar: louco é quem me diz... E não é feliz...
(Eu sou
... Com toda essa merda bolsonarista do Vale do Taquari, eu sou! Um tantinho, claro!)
Trilha sonora: Balada do Louco, dos Mutantes, com Leandro Brighi Sanches.
https://www.youtube.com/watch?v=nc1Ro4zH8x8
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