É O BOM QUEM MATA O INOCENTE
Não sei de onde tirei essa frase. Juro que não lembro. É o
bom quem mata o inocente. Será que vi pixada em algum muro da capital da
gauchada - esses caras que guardam suas
façanhas para servir de modelo a toda Terra?
É o bom quem mata o inocente. Talvez, recortei a frase de um
livro. Ou, talvez, foi o padre que sussurrou na
ultima vez que fui na igreja fazer minha confissão. Ou... Peraí...
Será que ouvi quando ajoelhei no congá, naquele templo lá em Carneiros?
A memória me trai.
Mas também não interessa, a frase é de uma crueldade tão
compreensiva nos dias de hoje: é o bom quem mata o inocente. Logo pensei em
todos os bons que conheço...
Os bons que se uniram em carreata e desfilaram com suas
caminhonetes pelas ruas de Lajeado em apoio ao seu presidente genocida justo no
Dia do Trabalhador. Mas foi grandioso
isso, né?
A imprensa contou: mil carrões. Mil, caraiu! Se deram ao trabalho de contar! Peraí... Mas só? Dos 32.683 eleitores que
votaram num nazista... Só deu pra juntar mil? Foi mal... Cadê o resto das buzinas caridosas?
É o bom quem mata o inocente. Essa frase não sai do meu
ouvido. Grudou feito chiclete.
Porque os bons também tão matando a natureza na nossa cidade.
Os bons também tão detonando com a memória da nossa cidade.
Os bons
atendem por investidores e construtores e eleitores do assassino-mor que comanda o país. E eles têm tanto orgulho... Eita, essa gente inocente!
Boa 4ª feira.
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