julho 24, 2020

O AVÔ MORREU, O PAI MORREU, O FILHO MORREU


“A cidade ia inaugurar um novo cemitério e pediu ao rabino uma frase para o pórtico.

Uma frase esperançosa, uma frase de alívio. Uma frase definitiva, para todo o sempre. 

O rabino pensou uns dias e veio com esta:

“O avô morreu, o pai morreu, o filho morreu”.

O prefeito e as demais autoridades se indignaram:
como assim essa enfiada de mortes para aliviar justamente a dor da morte?

Respondeu o sábio:
Que melhor coisa se pode esperar do que as mortes ocorrerem nessa ordem?

A morte é inevitável; se ocorrer na ordem certa, é uma tristeza a ser chorada.  Mas não é uma tragédia. 

Saber distinguir uma coisa e outra é uma sabedoria, que o tempo ensina, ou uma mera realidade, que ele impõe.”

Do excelente Parêntese, newsletter do Matinal Jornalismo, e onde minha amiga Jan Koch também escreve.


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