"A VAGABUNDAGEM DE BOLSONARO"
FRAGA
“Os jornalistas queriam saber de Bolsonaro ontem qual é a
explicação para a demora na liberação da ajuda de emergência de R$ 600 aos
trabalhadores informais.
Bolsonaro não sabia nada. Tentava simular impaciência, depois
demonstrou irritação, como se quisesse dizer: parem de encher o saco.
O que Bolsonaro tentava esconder é que não domina nada.
Poderia ter dito: eu não estudei esse assunto, não participei das decisões, não
consigo entender nada do que se passa.
TACHO
Bolsonaro não sabe nada. Está sempre perguntando a alguém ao
lado o que deve dizer.
Só fala com teleprompter, porque tem de ler o que vai falar
numa cerimônia qualquer sobre uma questão banal. Bolsonaro só fala de
improviso, para dizer besteiras, no cercado do Alvorada.
Bolsonaro nunca fez nada no Congresso, nunca apresentou um
projeto, em 27 anos na Câmara.
Nunca participou de comissões, de articulações
políticas, de conversas com aliados ou adversários.
TONY D'AGOSTINHO
Poucas vezes foi à tribuna, e só para homenagear milicianos.
Bolsonaro era um avulso. Ofendem o baixo claro os que dizem que Bolsonaro era
deputado da turma deles.
O baixo clero é organizado como grupo que se articula para
defender posições, por mais rasas, reacionárias e interesseiras que sejam.
Bolsonaro nunca se articulou com nada e com ninguém. O
Brasil não elegeu apenas um sujeito grosseiro, cruel, que ataca mulheres e
ostenta seu racismo e sua homofobia.
Os brancos ricos, a classe média decadente e enciumada com a
ascensão dos pobres – e mais os próprios pobres que se consideram atrelados aos
interesses dos ricos – elegeram mais do que um sujeito inseguro, autoritário e
despreparado.
BIRA DANTAS
Bolsonaro não trabalha desde que saiu do Exército aos 32
anos para ser vereador. É um sujeito desqualificado, que nunca soube o que
fazia no Congresso e não sabe o que faz no Planalto.
Agora, enquanto o primeiro escalão se esforça para vencer a
pandemia, ninguém sabe o que Bolsonaro faz. É um ausente.
Não faz nada. Só tumultua, como se ele e os filhos, que
também não fazem nada de produtivo, fossem franco-atiradores de um governo
paralelo.
Bolsonaro não governa nem lidera porque não tem capacidade
para governar. E porque curte mesmo uma vagabundagem.”
Moisés Mendes é jornalista em Porto Alegre. Escreve
também para os jornais Extra Classe, DCM e Brasil 247. É autor do livro de
crônicas Todos querem ser Mujica (Editora Diadorim). Foi colunista e
editor especial de Zero Hora. https://www.blogdomoisesmendes.com.br/
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