UM JOÃO GILBERTO? NUNCA MAIS.
“Ouvir João Gilberto
requer aprendizado. (...)
A vida enclausurada de João Gilberto foi constantemente
incompreendida e criticada. Não se atestou porém que artistas excepcionais
vivem à sua própria maneira, sempre na busca.
Noel Rosa viveu 26 anos
intensamente afogado na boemia, o que levou à breca seus pulmões, Lorenz Hart
viveu embebido no álcool tentando resolver seu homossexualismo pecaminoso à
época.
E Picasso com suas mulheres? E Miles Davis?
A arte é sublime. Queixas
são infundadas.
Queixam-se que João quase não se comunicava exceto nas
intermináveis ligações telefônicas de horas seguidas. Felizes os escolhidos
nessas chamadas. (...)
poético cartum de Alberto Benett
Os mestres não se comunicam através de palavras.
João
Gilberto deu tudo de si para se comunicar com o que de melhor tinha, sua música.
Sem nunca comprometê-la.
Por isso precisava do melhor, a melhor sala, o melhor
violão, o melhor microfone, o melhor som, o melhor técnico, sempre o melhor.
João Gilberto era o melhor. (...)
O samba do Brasil teve raros momentos de ruptura a
determinarem os capítulos de sua história. O mais revolucionário deve-se ao
gênio que foi cantar noutra freguesia, João Gilberto.”
Zuza Homem de Mello, n’O
Estadão
Não tenho foto com João Gilberto, mas tenho um filho com seu nome, assisti emocionada ao show de João na Fiergs, meu parceiro de cama e mesa toca bossa nova... Mas com Zuza tenho foto, livro e admiração!
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