DO MEU BLOQUINHO
“Die welt ist ler, Ich will nicht leben mehr” – o mundo
está vazio, não quero mais viver - disse a cantora operística Kathleen Ferrier,
morta em 1953, de câncer. Morreu de morte morrida, como diz uma amiga.
Por não querer viver, minguamos - como uma lua que se
despede do céu.
Não querer viver – um lento suicídio no quarto escuro.
Não querer viver - não há regresso do nosso fim.
Não querer viver - não há regresso do nosso fim.
Pensei nisso quando li que no Brasil há
um suicídio a cada 45 minutos; no mundo a cada 40 segundos. E se
matar já é a segunda principal causa de morte no mundo entre jovens de 15 a 29 anos.
Das 20 cidades brasileiras onde o número de suicídio é
mais elevado, 11 são gaúchas. Para ficar só na minha região: Forquetinha e
Travesseiro, ambas com dna germânico, ambas agrícolas, muito agrotóxico nas lavouras...
Desesperança, talvez, a base da solidão. É difícil
lidar com esse impotência.
A Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do
Suicídio foi aprovada pelo Senado e segue para sanção de Bolsossauro.
O texto prevê que hospitais, postos de saúde e escolas serão obrigados a
informar às autoridades sanitárias os casos suspeitos ou confirmados de
automutilação.
Ontem assisti ao filme Ella e John... Antes da decadência física e
degradação moral, o suicídio dos personagens como solução.
Dentro da
cabeça, uma hidra não nos deixa dormir. Por via das dúvidas, Donaren todas as
noites.
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