AUXÍLIO-MORADIA NA MÃO DA CARMEN
O auxílio-moradia pago a juízes, procuradores e conselheiros
de Tribunais de Contas volta em um mês na pauta do Supremo.
Em 2014, o ministro Luiz Fux havia estendido o benefício a
todos os magistrados, nacionalmente, por liminar. Havia um julgamento em curso,
mas Fux o interrompeu para pedir vistas. Seu voto finalmente ficou pronto em
dezembro - demorou cinco anos. (Globo)
Aliás... No início de dezembro mesmo Fux impediu
que seguisse ação popular contra o benefício que simplesmente adiciona R$ 4,3
mil aos salário da turma. (Estadão)
Não é só com Fux. A ministra Cármen Lúcia tem em cima
da mesa, desde agosto, um estudo do Conselho Nacional de Justiça para barrar a
criação de auxílios vários para juízes. Uniformiza nacionalmente o que é pago e
proíbe que surjam novidades. Continua no papel.
(Folha)
Auxílio-moradia, pois é. O procurador Deltan Dallagnon,
coordenador da força-tarefa do MPF na Lava Jato, recebe R$ 4.377,73
mensais. E mora em casa própria, segundo Mônica Bergamo. (Folha)
Desde 2014, foram empenhados R$ 5,4 bilhões com o benefício
para membros do Judiciário e do Ministério Público. Números da Contas Abertas.
Manoel de Queiroz Calças, presidente do TJ-SP,
sobre o valor médios de R$ 4 mil para o auxílio: "Eu acho muito pouco.
É isso que você quer ouvir? Recebo. E tenho vários imóveis."
Levantamento feito pela Consultoria de Orçamentos,
Fiscalização e Controle do Senado apontou que a União gastou
aproximadamente R$ 817 milhões somente em 2017 com o pagamento de
auxílio-moradia nos três Poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário. No total,
o impacto financeiro do benefício nas contas da União ultrapassa R$ 4,3 bilhões
nos últimos oito anos.
208 milhões de brasileiros
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