fevereiro 07, 2018

AUXÍLIO-MORADIA NA MÃO DA CARMEN


O auxílio-moradia pago a juízes, procuradores e conselheiros de Tribunais de Contas volta em um mês na pauta do Supremo.
Em 2014, o ministro Luiz Fux havia estendido o benefício a todos os magistrados, nacionalmente, por liminar. Havia um julgamento em curso, mas Fux o interrompeu para pedir vistas. Seu voto finalmente ficou pronto em dezembro - demorou cinco anos. (Globo)

Aliás... No início de dezembro mesmo Fux impediu que seguisse ação popular contra o benefício que simplesmente adiciona R$ 4,3 mil aos salário da turma. (Estadão)
Não é só com Fux. A ministra Cármen Lúcia tem em cima da mesa, desde agosto, um estudo do Conselho Nacional de Justiça para barrar a criação de auxílios vários para juízes. Uniformiza nacionalmente o que é pago e proíbe que surjam novidades. Continua no papel.
(Folha)
 Auxílio-moradia, pois é. O procurador Deltan Dallagnon, coordenador da força-tarefa do MPF na Lava Jato, recebe R$ 4.377,73 mensais. E mora em casa própria, segundo Mônica Bergamo. (Folha)
Desde 2014, foram empenhados R$ 5,4 bilhões com o benefício para membros do Judiciário e do Ministério Público. Números da Contas Abertas.


Manoel de Queiroz Calças, presidente do TJ-SP, sobre o valor médios de R$ 4 mil para o auxílio: "Eu acho muito pouco. É isso que você quer ouvir? Recebo. E tenho vários imóveis."


Levantamento feito pela Consultoria de Orçamentos, Fiscalização e Controle do Senado apontou que a União gastou aproximadamente R$ 817 milhões somente em 2017 com o pagamento de auxílio-moradia nos três Poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário. No total, o impacto financeiro do benefício nas contas da União ultrapassa R$ 4,3 bilhões nos últimos oito anos.

208 milhões de brasileiros

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