Guardachuvadelaura: CIDADE MAIS ANTIGA DO MUNDO, AGONIZA

A capital da Síria, Damasco, disputa, com Jericó (Palestina) e Biblos (Líbano), o título de cidade mais antiga - continuadamente habitada - do mundo.

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Na parte velha de Damasco, que abrange um gigantesco mercado, o souk, encontra-se um grande bairro muçulmano, um bairro menor cristão e uma minúscula zona judaica com poucas centenas de pessoas.

Na parte moderna, a maior parte das embaixadas, a universidade, alguns monumentos e edifícios. Em 2008, foi escolhida como a Capital Árabe da Cultura.

Mas, em 2011 tudo mudou...

Há tempos que os sírios se queixavam de um alto nível de desemprego, corrupção em larga escala, falta de liberdade política e repressão pelo governo Bashar al-Assad.

Em março daquele ano, adolescentes pintaram mensagens revolucionárias no muro de uma escola na cidade de Deraa, no sul do país.

Foram presos e torturados pelas forças de segurança. Vários morreram.

As tensões se elevaram e mais gente saiu às ruas.

No fim de julho, milhares saíram às ruas em todo o país exigindo a saída de Assad.

Simpatizantes do grupo antigoverno começaram a pegar em armas - primeiro para se defender e depois para expulsar as forças de , do governo, de suas regiões.

Assad prometeu "esmagar" o que chamou de "terrorismo apoiado por estrangeiros" e restaurar o controle do Estado.

* Inevitável pensar: os maiores interessados nessa carnificina humana são os Estados Unidos e a Russia: precisam desovar seu armamento e treinar seus exércitos.

A violência rapidamente aumentou no país: grupos rebeldes se reuniram em centenas de brigadas para combater as forças oficiais e retomar o controle das cidades e vilarejos.

Em 2012, os enfrentamentos chegaram à capital, Damasco, e à segunda cidade do país, Aleppo.

Há seis anos, a parte leste de Damasco, capital da Síria, está sob cerco. As crianças são metade da população local - e acabam sendo as principais vítimas do conflito. Só nas primeiras semanas de janeiro, 50 crianças foram mortas nessa guerra civil considerada a maior crise humanitária do século XXI.