POVO CONSCIENTE
Tanto tempo neste espaço cibernético, desconfio a mesma
ladainha, embora de lupa parece maior o estofo da ladainha.
Onde moro, 71 mil
habitantes. É grande comparada as outras da região, pequena se com as do
estado. Politicamente, lajeiros da arena. Hegemonia quebrada pelo mdb, certa
vez. Foi quando o prefeito- engenheiro agrônomo criou o Jardim Botânico e a
primeira ciclovia da cidade. E quando esse partido valia alguma coisa, se é q
valia. Agora, o governo é pt. Elegeram de lavada depois de 20 anos de “ação”
ativa do pp. Claro, nunca comprovado. Mas estão aí os processos judiciais q não
me deixam mentir. E os enriquecimentos ilícitos. Prefeitos, vices e secretários
q negociaram terras dos colonos a preço de banana flambada pq
sabiam - logo virariam loteamentos – com a cumplicidade dos vereadores de
legenda q alteraram o plano diretor. Construíram prédios onde antes bairros
residenciais. Assim tanto o Jardim Botânico como o Parque Histórico foram amputados
para beneficiar ruas em novos loteamentos. Lajeado e as homenagens
refletem os anseios da sua população: avenida pres. Castello Branco no
bairro Moinhos, rua Artur Costa e Silva no bairro Campestre, Colégio Estadual Presidente Castelo Branco no centro.
Explica o barulho de quem sempre mamou e agora perdeu o úbere.
No domingo, os anti pt, anti dilma e os ingênuos subiram a
rua para uma passeata. Se pelo menos a manada tivesse descido. Daí onde você
menos espera, não espere mesmo. Lá estavam as garotas com hora semanal agendada
nos salões de beleza empunhando seus cartazes. Lá estavam os corruptos do
passado. Lá estavam os petistas do passado. Lá estavam os empresários q fraudam
o imposto de renda. Lá estavam os receptadores de muamba do Paraguai e Maiami.
Lá estavam os propineiros do governo pp vestindo a camiseta corrupta da CBF.
Lá estavam... Um sujeito q roubou do amigo e mora numa cobertura. Um q
fazia treta na empresa e foi demitido. Uma q pediu e não levou.Como dizia Orlando Todisco: "O ser como expressão do direito de ser."
Vivo em uma cidade ainda pequena e de preconceitos mal disfarçados, q desejava
erguer um presidio em um bairro pobre da cidade. No mesmo local
construíram prédios do Minha Casa, Minha Vida. Que raiva, não é? Tem q
protestar mesmo. Minha cidade sempre agrediu o Meio Ambiente
expedindo licenças falcatruas para construir edifícios minando nosso bem espiritual, botando abaixo casas e quintais, comprando os moradores. Minha cidade
espantada com tantos haitianos nas ruas, morrendo de medo deles e que do
cúmulo e por cúmulo, se posiciona: “Já montaram um time de futebol, não demora
estarão competindo nos nossos campeonatos.” Saudades do Imperador gritando, no horário nobre, na telinha:
- Maria Marta, me faz um favor, vá à merda!
No elevador, a trabalhadora brasileira na BR Foods diz q não
foi protestar. Porq não? – me espantei. “Não adianta nada. Eles sempre fizeram o q queriam, tudo
da cabeça deles.” .
Mas tem q protestar, reivindicar o q te pertence, insisti. Exigir mudança. Ela deu uma risada e desceu no oitavo andar, sem dar tchau. Fiquei olhando o reflexo das minhas rugas no metal
lustroso do Thyssenkrupp.
Cara de ontem.
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