fevereiro 24, 2012

ANTONIN ARTAUD: O EXISTENCIALISTA DO DESESPERO


* Interessa? Procure na internet. Aqui, apenas algumas brevidades.

Escritor, ator, dramaturgo, poeta maldito e visionário, nos anos 30 concebeu um  teatro onde não haveria nenhuma distância entre ator e platéia, todo seriam atores e todos fariam parte do processo, ao mesmo tempo.

Queria devolver ao teatro a mágica e o poder do contágio.
Queria que as pessoas despertassem para o fervor, para o êxtase.
Sem diálogo, sem análise.
Uma vez abolido o palco, o ritual ocuparia o centro da platéia.
 * Em 1938, Artaud já falava sobre um “teatro puro”. Não esse teatro de imitações que conhecemos.
Quem será que foi mais revolucionário: Che, Artaud ou Ghandi?
Artaud  falava sobre a nossa insensibilidade desgastada. Então imagina hoje com a instantaneidade da informação?
Nada parece nos comover.
Nada nos faz empunhar bandeiras.
Ou bombas.

“...  certamente precisamos antes de mais nada, de um teatro que nos desperte: nervos e coração.” 
* Artaud  pensava em revolução. Em mudanças sociais radicais e nada melhor do que o teatro para estas mudanças acontecerem.

“Se o teatro é o meio escolhido por Artaud, é por que ele crê ser o único meio que age diretamente sobre a consciência das pessoas, portanto, um instrumento ativo e enérgico, capaz de revolucionar a ordem social existente.” Felício.

* Mas na verdade, entre o teatro e a vida, um fosso um abismo uma fenda...

 “Artaud foi encontrado morto  em 4 de março de 1948, em seu quarto do hospício de Ivry, bairro de Paris. Estava aos pés da cama com um sapato na mão.”

“Passei nove anos num asilo de alienados.
Fizeram-me ali uma medicina
que nunca deixou de me revoltar.
(...)
Se não tivesse havido médicos
nunca teria havidos doentes,
nem esqueletos de mortos
doentes para escortaçar e esfolar,
porque foi com médicos e não com doentes
que a sociedade começou.”
 “Depois da morte passou a ser festejado como o homem que fez explodir os limites da vanguarda ocidental e até hoje ninguém o superou em seus conceitos e em sua loucura."


"Eu, o senhor Antonin Artaud, 
nascido em Marseille 
no dia 4 de setembro de 1896, 
eu sou Satã e eu sou Deus, 
e pouco me importa a Virgem Maria." 


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