junho 28, 2011

BRASIL: ONDA DE ASSASSINATOS DE AMBIENTALISTAS NA AMAZÔNIA

Leio pela ótica da Agencia France Press sobre o assassinato, em maio deste ano, do casal ambientalista José Claudio Ribeiro da Silva, 52 anos, e sua esposa Maria do Espírito Santo da Silva, 51 anos, que denunciavam o desmatamento descontrolado no Pará.

Desde então, três outros agricultores foram assassinados no estado, forçando a presidente Dilma Rousseff  enviar reforços militares.

Típico do crime: os assassinos cortarem uma orelha como prova de seus serviços. O que foi feito com o casal que fazia parte do Conselho Nacional de Colheitadeiras (CNS), fundada pelo ambientalista e defensor da Amazônia, Chico Mendes, também assassinado em 1988.


Quem são os assassinos do casal Ribeiro?
Os poderosos proprietários de terras e madeireiros da região.
A AFP estranhou a discreta  presença das forças de segurança na estrada de Marabá- Ipixuna Nova,onde ocorreu o assassinato.  Conforme os jornalistas  da agencia de notícias francesas, encontraram apenas um posto policial: "Nós não patrulhamos aqui. Recebemos instruções de Brasília para proteger as famílias em risco", disse à AFP sob condição de anonimato uma fonte do exército em Marabá, que só dispõe de trinta homens para toda aquela área. 

Em uma operação surpresa no dia 18 de junho, os militares evacuaram e abrigaram duas famílias que estavam recebendo ameaças desde o assassinato dos Ribeiro. 
As autoridades agora analisam  "o risco para as famílias" e decidem se  transferem para outra área", disse o procurador Marcio Cruz. 

Os jornalistas franceses ouviram de José Batista, advogado da Comissão Pastoral da Terra (CPT), de que a dependência dos agricultores às autoridades do Pará é limitada por causa do "grau de impunidade" que prevalece.


A Pastoral da Terra, vinculada à Igreja, estabeleceu uma lista de 125 ativistas e líderes camponeses ameaçados de morte no país. Destes, trinta agricultores vivem ameaçados no Pará: 

"Nos últimos 40 anos, tem havido mais de 800 assassinatos no Pará, a maioria perpetrados por assassinos contratados. No total, conseguimos fazer o julgamento de apenas nove líderes suspeitos, resultando em oito condenações e dos quais apenas um está na cadeia ", disse Batista em entrevista à AFP. 

Esta onda de assassinatos na Amazônia acontece no momento em que se debate as leia que deveriam proteger a maior floresta do mundo e  as facilidades que beneficiam os produtores agrícolas.

A reforma aprovada em maio de 2011 pelos deputados prevê a legalização de de florestas desmatadas, numa área que é dezesseis vezes o tamanho da França e onde 1% da população detém 46% das terras aráveis. 

O Brasil se tornou um grande exportador de produtos agrícolas (soja, grãos, carne), e os proprietários estão tentando ganhar terreno na vasta floresta tropical Amazônica.

Fonte: Agence France Presse
* Impunidade noves fora, país de merda, cidades de merda, governo de merda.
Merda neles.

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