janeiro 21, 2011

DER BRIEF

.fräulein, eu sei vc q entrou sem querer por aqui, ou querendo, de bobeira nas férias, saiba liebe q viver numa colônia não é pra qualquer um. nem trair tranquilamente vc pode. todos logo ficam sabendo, menos o traído, como sempre. agora um secretario ladrão ta comendo uma advogada. um doktor comendo a amiga da sua mulher. a secretaria dando para o patrão na revenda. nein, traição não é nada, mas quando um vice-prefeito usa o nosso dinheiro para asfaltar a entrada de suas empresas aí ta fodendo com a gente também e tudo fica por isso mesmo vc entende, não é? roubo por roubo é quando até o promotor é um vendido. o dinheiro silencia todo mundo de uma maneira espantosa. assim tudo vaza na colônia. a nova delegada deslumbrada partiu para recepções e festas como se a colonada não tivesse rindo de afrouxar os gases. os ladrões estão soltos em suas caminhonetes d20 e circulam livremente, impunes. taí o rodeio crioulo que não me deixa mentir. liebe, vc não consegue imaginar a extensão da roubalheira, frau beamtin me ligou despejando tudo nos meus ouvidos. me senti uma lixeira. estou ficando cansada dessa imundice política. autoridades, liebe? vc sabe realmente o que significa? é quem domina um assunto. tem autoria sobre ele, portanto aqui nessa colônia são autoridades aqueles que dominam as falcatruas. e cada vez que vejo suas fotos nos jornais sei exatamente do que eles estão falando e quanto estão roubando. essas coisas vazam na colônia porque ninguém rouba sozinho. meus pensamentos nunca foram tão intensos. agora vou tomar um banho e me preparar para uma noite de sexo selvagem. sim, selvagem: com urtigas, relho nas costas, e cactus na sola dos pés pra ver se paro de pensar nesses fdp. agora virei sadomaso. era o que me faltava não era? küsses.


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