julho 16, 2018

DO MEU BLOQUINHO



Cada um na sua própria redoma. Transparentes, embotadas.  De ferro, azinhavradas. Louça, trincada. Na redoma pensam que se protegem, mas afastam. Iludem-se, amados. Viajam, estudam, mas a vida não liberta o lado esquerdo, encouraçado. O distante, ambicionam, sem perceber ao lado. Redomas isolam. Egoístas, egocêntricos, umbigueiros, não assimilam, não se deixam afectar. E não é só questão de renda. Mas de humanidade, mesmo. Os redomados, individualistas e miseráveis. Não invejo um pedaço da sua grama de golfe, do seu horizonte líquido, suas gratidões, os sunset com champanhe. Um grande esforço para não julgar suas podres aspirações.

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