DO MEU BLOQUINHO
Cada um na sua própria redoma. Transparentes,
embotadas. De ferro, azinhavradas. Louça, trincada. Na redoma pensam
que se protegem, mas afastam. Iludem-se, amados. Viajam, estudam, mas a vida
não liberta o lado esquerdo, encouraçado. O distante, ambicionam, sem perceber ao lado. Redomas
isolam. Egoístas, egocêntricos, umbigueiros, não assimilam, não se deixam
afectar. E não é só questão de renda. Mas de humanidade, mesmo. Os redomados, individualistas
e miseráveis. Não invejo um pedaço da sua grama de golfe, do seu horizonte
líquido, suas gratidões, os sunset com champanhe. Um grande
esforço para não julgar suas podres aspirações.
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