abril 15, 2023

DÚVIDA LINGUÍSTICA...

Escândalos não duram um dia, nesses tempos voláteis. Parece que foi no ano passado...  mas foi na semana passada? Sua Santidade, o Dalai Lama, a vez da hora.

Em frente a dezenas de câmeras e de muita gente, brincou com um menino: 

“Quer chupar a minha língua?”

O mundo estarrecido, eclodiu. O buraco negro se liquefez.

Eu também me decepcionei. 

Estamos contaminados por juízos raivososos e ignorantes? 




Volta e meia, a religião (que não sei bem pra que serve)  testa minhas frágeis crenças...

Religião, como já disse o Dalai, é a que mais te aproxima de Deus, do Infinito. E a que te faz melhor.

Então, fico com a Natureza. É quando, realmente, sinto a presença de um ser superior - o filosófico “calor vital” de Aristóteles! Principalmente,  embaixo de uma figueira centenária ou um plátano majestoso.

 

Frei Boff, nas redes, defendeu o Dalai  Lama:

 


“Conheço bastante bem o Dalai Lama. Demos conferências juntos na Alemanha.

É uma das pessoas mais sábias, éticas e espirituais que existem na humanidade atual.

Muitos se escandalizaram que um menino foi convidado a chupar a língua do Mestre.

É um costume antigo do Tibet, hoje sob o jugo da China, desaparecido como outras tantas coisas.Ele é muito brincalhão. 



Quando esteve em Curitiba, uma irmã minha, Iris, foi convidada a sentar ao lado dele. Fazia comentários jocosos. Num certo momento tirou do bolso uma bala e a colocou na boca da minha irmã, com a maior pureza e simplicidade.


Devemos julgar as pessoas não com nossos critérios ocidentais cada vez mais acidentais.

Por exemplo, é comum que no mundo árabe dois amigos caminhem um segurando o dedo mínimo do outro. Aqui se imaginaria que seriam dois homoafetivos.


Nada disso. É hábito desta cultura que eu mesmo vi em Damasco na Síria.

Então, por favor, acalmem-se.

Não pensem mal de uma das pessoas mais santas que temos, Sua Santidade o Dalai Lama.

Ele é muito livre, brincalhão e não um pedófilo como foi dito por religiosos, demasiadamente religiosos, e pouco abertos às diferenças culturais.”



Também li que é uma tradição no Tibete, do século IX, mostrar a língua, mas não chupar:

"De acordo com o folclore tibetano, um rei cruel do século XIX tinha uma língua negra, então as pessoas estiravam a língua para mostrar que não eram como ele, e nem sua reencarnação.”

 * Pensei em senilidade...


 

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