NINITA
“Foi porteira no colégio das freiras em Santa Cruz do
Sul” – contou a mãe nos seus 88 anos ao
ver a propaganda política na tevê.
“Ninita sempre esteve por perto...
Quando saí de Vera Cruz para estudar em Porto Alegre, a Ninita foi porteira no Bom Conselho.
Quando casei e fui morar nos fundos da dona Leontina, uma síria com sotaque forte, a Ninita alugou um quarto na dona Leontina e foi trabalhar no hospital.”
(Lembro da Ninita tão querida... Perto do fogão à lenha, na penumbra da cozinha da tia Minina.)
“Ninita foi trabalhar na casa de um deputado e cuidar das filhas do casal.
Esse deputado, que coisa, arranjou uma amante, com “jeito de zebu” – dizia teu pai.
Pra ver... Essa amante tornou-se senadora. Acho que tá tudo no Gugli.”
(Saudades da Ninita! E do tio Déco, da tia Minina, da Bixiquita, do Zico...
Sim, as melhores histórias estão na família!)
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