ERIC ARTHUR BLAIR
Você ousaria escrever uma ficção sobre como seria o
planeta daqui há 35 anos?
Talvez sim, com tanto que podemos pesquisar nas redes.
Mas estamos em 1949, quando George Orwell, pseudônimo de Eric Arthur Blair, publica o livro “1984” - sobre alienação e vigilância, governo totalitário, o controle do pensamento e da linguagem.
Antes, em 1946, marcado pelas perdas da esposa e do filho adotivo, Orwell se muda para a Ilha de Jura, na Escócia - onde hoje não vivem mais de 200 pessoas.
Sua casa não tem luz elétrica, mas tem vista para o mar. Perfeito para um escritor, que passa a viver um estilo tão rude, tão simples, que para se aquecer no rigoroso inverno escocês, Orwell se vale do próprio gás de cozinha.
Nessa ilha, em novembro de 1948, já tuberculoso, o escritor inglês termina seu livro “1984”.
Hoje se sabe que o livro nunca falou do futuro, mas do presente...
Sete meses depois de escrito seria lançado no mercado. Mesmo doente, Orwell, curtiu o sucesso estrondoso do livro entre os leitores. E mais sete meses, na madrugada e na solidão, sua morte aos 46 anos, em Londres.
É interessante lembrar que em 1945, sacudido pela II
grande Guerra, Orwell já havia publicado
outro grande clássico literário: “A Revolução dos Bichos”.
Com o surgimento de Donald Trump o livro voltou as listas de mais vendidos.
Ambos livros, "A Revolução dos Bichos" e "1984", confirmam que ninguém deixou um mapa tão útil — e atual — da tirania.
Foi ele quem inventou o termo "Big Brother" -
um ditador supremo que observa a todos.
George Orwell é um ícone da cultura contemporânea,
principalmente política.
O termo “orwalliano”
é usado até hoje para definir qualquer prática social autoritária ou
totalitária.
Curiosidades:
Em 1993, na Inglaterra, foi criado o Prêmio Orwell, para política escrita. Todo ano, dois prêmios são distribuídos: um para um livro, e o outro para jornalismo.
Na sua lápide, nenhuma menção ao seu famoso pseudônimo:
“Aqui jaz Eric Arthur Blair,
nascido em
falecido em
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