novembro 18, 2016

DE ECO À SARTRE




De Umberto Eco em ‘Não contem com o fim do livro’, pinço a frase: ‘Oedypus aegyptiacus é considerado um dos livros mais belos do mundo’. Sigo direto para a internet e pesquiso o tal mais belo. Claro, tudo no wikipedia: "Os três volumes inteiros de figuras ornamentadas e diagramas foram publicados em Roma durante o período 1652-54." E não acho tão belo assim porque não me interesso. Mas na globosfera, uma coisa puxa a outra. E lá se vai a minha tarde quando...

... despenco na peça teatral 'As Moscas', de Jean-Paul Sartre, que por sua vez narra a invasão da cidade de Argos pelas moscas. Sartre escreveu a peça quando preso em 1940 pelos alemães.  Três anos depois foi apresentada ao publico. Descubro que as moscas simbolizam a culpa... Sendo assim, o que significaria uma cidade invadida por mosquitos? Com a última eleição e mudança de sigla política, tá aberta a temporada ideológica na minha cidade. Uns falam em novo fascismo, sobrepondo-se à desilusão petista. Acho que todos serão picados pelo mosquito azul - parodiando Frei Betto. Uns falam em novo fascismo, em ambição arenista sobrepondo-se ao desencanto  petista.
 “Eu quis, dizia Sartre apresentando ‘As Moscas’ - tratar da tragédia da liberdade em oposição à tragédia da fatalidade”. Ahã, mas como voltar ao ‘Não contem com o fim do livro’ de Eco que ando relendo?  Para o escritor e filósofo italiano, os livros garantem o nosso saber. Não tenho dúvida. Ou você acredita na Veja, Época? Ou no Jornal Nacional?
João Bosco

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