Em troca, Einstein prometeu que se ele ganhasse o Nobel
algum dia, Mileva receberia o dinheiro do prêmio para pagar ao menos alguma
parte de sua dívida científica perante os cálculos matemáticos de Mileva.
"Deus não joga dados" – frase atribuída a Einstein – brinca com minha imaginação. O cara que mudou radicalmente a nossa compreensão de
conceitos básicos como espaço, tempo e matéria, e mudou também a imagem do
mundo físico, acabou listando, antes da separação, uma notinha de condições humilhantes para Mileva, ainda esposa, cumprir:
“Você irá
certificar-se:
que as minhas roupas e lavanderia serão mantidas em boa ordem;
que vou receber minhas três refeições regularmente no meu
quarto ;
que o meu quarto de estudo será mantido limpo e,
especialmente, que a minha mesa será deixada apenas para meu uso .
Você vai renunciar a todas as relações pessoais comigo, menos as necessárias por razões sociais.
Especificamente, Você
vai renunciar a se sentar em casa comigo; a sair ou viajar comigo
Você vai obedecer os
seguintes pontos em suas relações comigo:
não vai esperar qualquer intimidade de mim, nem vai me
acusar de qualquer forma;
vai parar de falar de mim,
vai sair do meu quarto de estudo imediatamente, sem
protesto, se eu pedir.
vai se comprometer a não me menosprezar na frente de nossos
filhos, seja através de palavras ou comportamento.”
* Bom... Tem biógrafos que juram que a lista é uma inverdade.
Deus joga dardos não só na Física, mas nas relações mais antigas do mundo. A
matrimonial.
Em 1919, Einstein casou-se com a prima em segundo grau, Elsa Löwenthal, três anos mais velha do que ele.
Mileva morreu em 1948, aos 72 anos. Elsa, em 1936 aos 60 anos.
Einstein em 1955, de um aneurisma. E assim caminhou a humanidade.



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