abril 12, 2018

“A ODISSEIA LITERÁRIA DE UM MANUSCRITO”


Certo dia de agosto de 1966, o colombiano Gabriel García Márquez foi até o Correio de San Angel, na cidade do México, levar um pacote com quinhentas e noventa folhas de papel comum, em espaço duplo, escritas à máquina, para despachar para o editor, em Buenos Aires.

Pacote pesado, faltou dinheiro. A solução encontrada: dividir o manuscrito ao meio. Para despachar uma das metades, ele e a esposa Mercedes  acabaram empenhando o aquecedor, uma batedeira e as alianças de casamento.

Em meados de 1965, a família Márquez foi passar um finde e Acapulco. Dirigindo o carro sentiu-se “fulminado por um cataclismo na alma, tão intenso e arrasador, que apenas consegui desviar de uma vaca que atravessava a estrada.”

Passou um finde inquieto e assim que voltou  sentou em frente à máquina de escrever, para datilografar  “a frase inicial que já não podia suportar dentro de mim”:

Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o Coronel Aureliano Buendía havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer o gelo’.

Gárcia Márquez  escreveu 100 Anos de Solidão durante 18 meses, todos os dias, das nove da manhã às três da tarde.

Toda essa história bacana pode ser conferida aqui:

https://www.revistaprosaversoearte.com/os-segredos-da-obra-cem-anos-de-solidao-de-gabriel-garcia-marquez/



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