março 19, 2018

MARIELLE, LUCIANE...

                
“Flores murchas denunciam o pensamento de pessoas de bem que não compreendem a comoção que gerou a morte de Marielle Franco, justificando que outras mortes acontecem diariamente.

Flores murchas para os detratores da vereadora executada por balas da polícia brasileira: detratores como o deputado Alberto Fraga (DEM-DF) da bancada da bala, que espalhou boatos de que “o novo mito da esquerda” teria sido mãe aos 16 anos e que era usuária de maconha.

Como já estamos nauseados de saber, a mulher é sempre atacada pela sua sexualidade e pelo seu comportamento pelos VIGILANTES DA MORALIDADE. (meu grifo)

Se Marielle foi mãe aos 16 (e parece que não foi aos 16) e ainda fumava maconha, só pode ser uma vagabunda, não pode ser mito, sua morte é insignificante.

Detratores como o vereador Marcelo Buz, (MDB- São Leopoldo/RS), que escreve nas redes sociais que quem defende bandidos acaba sendo vítima, compartilhando, novamente, toda a sua compreensão sobre o debate dos direitos humanos. 

Detratoras como a desembargadora Marília Castro Neves, que disse que a morte da vereadora é “mimimi da esquerda tentando agregar valor a um cadáver tão comum quanto qualquer outro”.

Não podia deixar de fazer referência à Marielle, morta justamente no mês da mulher, mas quero, hoje, falar também de outra mulher, UMA MULHER ANÔNIMA, BEM ANÔNIMA, QUASE INVISÍVEL. (meu grifo)

(...) Como acredito no poder restaurador das narrativas, quero contar um pouco do que pude apurar da mãe de 36 anos que matou duas filhas (de 2 anos e 11 meses e de 7 anos) e, em seguida, se matou, no último dia 24, na minúscula cidade de SANTA CLARA DO SUL/ RS (que é a minha cidade natal).”

Mariléia Sell professora Doutora dos Cursos de Letras e Comunicação da Unisinos e Secretária Adjunta de Educação de São Leopoldo.

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