fevereiro 21, 2018

AS TAQUAREIRAS


To no mato. Com o vento leste  as taquareiras se inclinam, suavemente.  Quando seus galhos  tocam as outras árvores ao redor, parece um carinho nas árvores que plantei.


Parece beijar as copas da amendoeira, da figueira, da pata-de-vaca... que lutam  para alcançar o sol e também chegar mais perto do céu da praia da Ferrugem.


As taquareiras e as outras... Lembra um casamento, onde não se sabe se o parceiro quer que o outro cresça e se desenvolva, ou se quer sufocar a ascensão...

As taquareiras são as mais altas do meu quintal. Nem a canafistula, ou será uma sibipiruna? -  ganha dela. Aliás, essa que plantei entortou atrás do sol. Procura por ele, desesperadamente.
As taquareiras formam uma comunidade verde, grandiosa. 
Será que as árvores ao redor sentem inveja delas?

Apenas a Peroba – se é que é... – rivaliza com as taquareiras. O nativo, meu vizinho, chama de “Tanho”. Então acho que não é Peroba, mas Tanho mesmo. Ou seria um Cedro?

Plantei paineira – cresce rápida, como uma filha que busca sua independência.


Plantei vários ipês amarelo e um ipê branco – crescem devagar, como filhos que não querem entrar na vida adulta...
Coqueiros e embaúbas adoram o meu quintal.  Essas últimas guardam as formigas nos seus corredores ocos. Não curto. Já pedi que fossem embora. Vivemos em guerra.

Tem outras árvores que crescem, mas tem vida curta. São meio suicidas.


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