novembro 27, 2016

PAPA HEM


O momento não pode ser mais propício...
No Netflix, o filme  Papa Hemingway: Uma Historia Verdadeira”, narra a amizade de um jornalista americano com o escritor Ernest Hemingway, em plena  Revolução Cubana. 

Depois da 2ª Guerra, Hemingway vai morar na ilha do ditador Fulgêncio Batista. Vive em Cuba durante vinte e três anos. É lá que ganha os prêmios Pulitzer de Ficção (O Velho e o Mar)  e o Nobel de literatura.
 

 Petitclerc
Gostei do filme. Traz imagens bacanas de Havana. Foi gravado na casa de Hem, hoje Museu Nacional. Tem diálogos ótimos, como o conselho que Papa dá ao seu novo amigo, personagem Ed Myers, do Miami Herald, na realidade, o jornalista  (e também roteirista do seriado dos anos 60, Bonanza) Denne Bart Petitclerc:

“Jornalismo é uma profissão honrada se a fizer bem.”





É também para Myers que Hemingway, pensando em suas próprias escolhas, diz:

“Você tomará uma decisão... Tenha cuidado, saiba o que realmente quer. Considere todas as consequências, ou acabará  com 59 anos se perguntando o que aconteceu.”

E a sugestão de mini-conto em seis palavras? "Vende-se sapato de bebê nunca usado."



Oportuna a metáfora para mostrar uma “velha” Cuba-americana, no take da mulher e três garotos de programa no restaurante do hotel...


 



Um dos personagens, o poeta Evan Shipman,  descreve a relação de Hemingway e sua quarta e última esposa, a jornalista Mary Welsh:

“- Parece que eles tem tudo. Esta casa incrível, muito dinheiro, beleza, saúde e  fama. Mas uma coisa falta para os dois, amor e amizade. Um desejo e uma vontade de deixar de lado o ego para melhorar o dia-a-dia do seu amado. Isso é o que falta para eles.
- É como se estivessem em guerra – diz Ed Myers.
- A maioria dos casamentos são assim” – responde Evan.


Hemingway só vivia alguma privacidade quando no mar. Em Havana era uma atração turística. 
Mas tudo termina  no dia 2 de julho de 1961, com o escritor  seguindo os passos do pai. 
Tinha apenas  61 anos.

A morte de Fidel fez isso: procurar o olhar de Hemingway, para Cuba.
Porque parece que nenhum turista está autorizado a dar opinião sobre a ilha. 
Seria uma visão muito plana e totalmente plim-plim, não seria?

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