Durante
meia hora, uma britadeira, uma metralhadora das antigas, um toc-toc na porta do
Paraíso e uma saraivada na porta do Inferno. Um carpinteiro que bate o martelo.
Uma chacoalhada leve e por aí vai, parece nunca terminar. Nessa meia hora não
abro os olhos, não mexo nenhum dedo. Quanto sinto um frescor no rosto, penso,
tá terminando. Mas recomeça tudo e quase suspiro. Vai que detectam minha raiva
e ansiedade e querem arrancá-la à força?

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