Ele era de Escorpião. Por aquelas coincidências da vida, a Astrologia avisava que a lua crescente entrava em Escorpião, enquanto ele partia. Admirador de Santo Agostinho e de John Lennon, recordava o filme “A primeira noite de um homem”, com Dustin Hoffman. Aquele cara que gostava de rock desde o tempo dos “The Ventures” assim como da bossa-nova desde Johnny Alf, aquele cara que curtia futebol e poesia, talvez nem tão dispare assim, aquele cara que tocava guitarra, encerrava seu Tempo justo na noite em que um holofote lunar iluminava Escorpião. A gente aprende na marra, não existe "depois". É hoje. É agora. Depois te falo. Amanhã vejo. Escuto no fim do dia. Em seguida... Perdeu-se o instante. E nunca mais. Como o passarinho em Guimarães Rosa: quando se debruça já tá pronto para voar. Tem remédio pra tudo: pra criar lágrima artificial. Pra não vomitar tristeza. Trancar soluço. Só pra saudade não tem. Não, não tem.
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