São encontros com personagens, ideias, movimentos.
Mergulhamos no íntimo. Esbarramos nas coisas.
Viramos agentes catalisadores das inquietações que pulsam ao redor.
Corpos desejantes!
Tudo ao redor parece apontar para o que estamos criando, como se fosse acaso ou coincidência ler aquele artigo justo hoje, conhecer aquela pessoa justo agora ou se surpreender com a letra da música que toca neste exato momento.
Mais do que acaso, somos guiados por um vetor de desejo que desponta do nosso corpo e nos leva a extrair da imagem o que não nos interessa. Enxergamos o que desejamos. Deliramos!
Canalizar o delírio através da arte é potência.
Uma forma de captar e recriar o mundo a partir dos afetos.
Não se trata de terapia, pois não implica em diminuir sofrimentos, interpretar eventos ou encontrar soluções para lidar com as coisas.
Na arte, pode-se matar o delírio tentando decifrá-lo.
Pois ele se alimenta do próprio mistério.
* Esmir Filho

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